Dicas para conhecer as ruínas de Pompeia

 

A minha viagem pelo sul da Itália começou em Roma, de onde peguei um trem para Napoli (1h10min). Lá, eu e o meu grupo alugamos um carro para ir até Sorrento e passear pela Costa Amalfitana. Como ainda era cedo e a estrada passava por Pompeia, decidimos parar e conhecer a famosa cidade destruída pelo vulcão Vesúvio em 79 d.C.

Confesso que nunca tive muito interesse em ir a Pompeia por achar que seria apenas um lugar muito triste, cheio de esculturas das pessoas e animais que morreram na tragédia. Estava enganada.

 

 

Com uma área total de 67 hectares, a cidade de Pompeia é o maior sítio arqueológico do mundo aberto para visitações e também um dos mais visitados. Isso porque as cinzas do Vesúvio conservaram de uma maneira extraordinária as construções existentes na cidade, de forma que é possível caminhar por entre as casas e imaginar como era fazer isso na época da civilização romana, há 2 mil anos atrás. Há templos, anfiteatros, casas de banho, moinhos, padarias, lojas, restaurantes, prédios governamentais e tudo o mais que se possa imaginar que haveria em uma cidade romana.

 

 

Achei muito interessante também a quantidade de paredes com pinturas preservadas nas cores originais.

 

 

Os “corpos” que eu tanto temia encontrar estão, em sua maioria, concentrados em locais específicos, sendo possível passear tranquilamente pelas ruínas sem pensar a todo momento nas pessoas que perderam a vida ali. Se tiver interesse em vê-los, procure o Granai del Foro (antigo mercado que virou um depósito de objetos encontrados nas escavações) e o Orto dei Fuggiaschi (local onde foram encontrados os corpos de 13 pessoas).

 

 

Outra coisa que eu não sabia era que essas imagens dos moradores da cidade e de alguns animais foram preservadas com uma técnica desenvolvida por Giuseppe Fiorelli, diretor de escavações entre 1860 e 1875. Ele percebeu que as cinzas que cobriam os corpos formaram uma espécie de molde, o qual, se preenchido com gesso, resultaria em uma escultura retratando as expressões dos últimos momentos de vida das vítimas.

 

Algumas dicas práticas para ajudar na sua visita:

 

1- O lugar é enorme e com pavimentação dos tempos romanos, então vá com um calçado bem confortável. Além disso, é quase todo a céu aberto, então leve chapéu e protetor solar no verão. Aliás, se puder escolher, não vá num dia muito quente, pois é realmente infernal (há pouquíssimas sombras). Leve também uma garrafinha de água e alguma coisa para comer, pois a única lancheria fica bem na entrada.

 

 

2- Ao chegar, pegue o mapa e se agarre a ele! É muito fácil se perder lá por dentro. Dá para usar também o Google Maps (faça download antes de viajar de toda a região que for visitar, assim não precisará de internet).

Outra coisa interessante é alugar um áudio-guia, para entender o que você está vendo. Aliás, se eu fosse lá novamente, pensaria em contratar um guia ou ir em uma pequena excursão, para já ser direcionada para os pontos mais importantes e não me cansar vagando pela cidade à procura do que quero ver. Confesso que senti falta de alguém para me explicar o que era cada uma das construções.

E tem mais um detalhe: como as escavações são permanentes, há algumas casas que só podem ser visitadas em determinados horários do dia (informações que, talvez, um guia já tenha de antemão).

 

3- O ingresso custa 15 € para adultos e o áudio-guia, mais 8 €. Entre pela Porta Marina, pois ali é possível alugar o áudio-guia e contratar um tour guiado.

4- E principalmente: estude o local antes de ir! Acesse o site de Pompeia, baixe o guia no seu idioma de preferência (não tem em português) e escolha o que você tem vontade de conhecer no sítio arqueológico. A cidade é realmente grande e se você não se focar, vai acabar cansando antes de ver aquilo que realmente gostaria.

 

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