Financial District: o que fazer no sul de Manhattan
O Financial District é a região de Lower Manhattan que vai da Chambers Street, ao norte, até a pontinha da ilha, ao sul. Foi aqui que a cidade de Nova York nasceu, em 1624, e se desenvolveu economicamente, sendo que os seus grandes prédios abrigam, hoje em dia, inúmeras empresas importantes e as principais instituições financeiras da cidade, como o New York Stock Exchange (bolsa de valores) e o Federal Reserve Bank of New York.
Há vários locais para conhecer na região, então vou listar os principais pontos de interesse e fazer as minhas considerações sobre alguns deles:
– City Hall (Prefeitura)
Construída de 1803 a 1812, é uma das mais antigas prefeituras dos Estados Unidos que ainda mantém funções governamentais.
É possível fazer visitas guiadas ao interior do prédio mediante reserva ou, nas quartas-feiras ao meio-dia, por ordem de chegada.
É do City Hall que sai o caminho para atravessar a Ponte do Brooklyn a pé.
Estações de metrô mais próximas: City Hall Station (R) e Brooklyn Bridge City Hall Station (4, 5).
– One World Trade Center
Construído após os ataques de 11 de setembro, é o maior prédio dos Estados Unidos e um dos maiores do mundo, com 541,3 m de altura. No topo, fica o One World Observatory, de onde se tem belas vistas de Manhattan.
A subida até 102º andar, que dura apenas 47 segundos, é feita em um dos elevadores Sky Pod, os quais simulam uma visão da cidade de Nova York ao longo de sua história.
Os ingressos custam a partir de US$ 44 (em 2023) e podem ser adquiridos com hora marcada pelo site ou direto na bilheteria.
Hoje em dia é, possivelmente, a principal atração do Financial District.
Estações de metrô mais próximas: Chambers St. (A, C), World Trade Center (E), WTC Cortland (1), Fulton St. (2, 3, 4, 5) e Cortland St. (R, W) – esta é a mais próxima.
– National September 11 Memorial & Museum
O memorial do 11 de setembro localiza-se exatamente onde ficavam as Torres Gêmeas e consiste em dois grandes espelhos d’água cercados por carvalhos brancos e placas com os nomes das vítimas da tragédia. O acesso é livre.
No subsolo, fica o museu que conta a história do 11 de setembro, com objetos, fotografias e histórias que transportam a pessoa para os fatos ocorridos naquele dia terrível. O valor para visitação é US$ 29 (em 2023) e os ingressos podem se adquiridos no site oficial.
– Oculus e Westfield World Trade Center
O Oculus é uma obra arquitetônica muito polêmica (custou 4 bilhões de dólares!), assinada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, construída para abrigar a enorme estação de trens do World Trade Center e o shopping Westfield. O prédio é muito interessante, todo branco e no formato de algo que, para alguns, lembra um pássaro, e para outros, enormes costelas.
De qualquer forma, é muito legal de se ver, tanto de dentro quanto de fora, por causa do seu design super futurístico que já faz parte do skyline do Financial District.
Lá dentro, além de várias linhas de metrô e trens, você encontrará lojas e restaurantes de todos os tipos.
– Brookfield Place
Endereço: .
Bem em frente ao One World Trade Center, fica esse complexo de edifícios comerciais com várias lojas chiques e restaurantes nos andares de baixo. É uma ótima opção para almoçar ou fazer um lanche depois de visitar o One World Observatory, o 9/11 Memorial ou mesmo a loja de descontos Century 21. O local é muito bonito, com um grande jardim de inverno no centro, e as opções de alimentação são ótimas.
A maioria das lojas fica no térreo e os restaurantes no segundo andar, na “praça de alimentação” chamada Hudson Eats.
Além disso, no nível da rua, há o Le District, uma espécie de mercado francês, que, além de vender produtos vindos diretamente da França, conta com pequenos restaurantes e confeitarias especializadas. Pode-se dizer que é como se fosse um Eataly francês. Comi uns doces deliciosos ali!
Bem no fundo do jardim de inverno, há uma saída para uma espécie de terraço às margens no Rio Hudson, o Waterfront Plaza. Dali, tem-se belas vistas do rio, do One World Trade Center e de outros prédios do Financial District. Além disso, há uma pista de patinação no gelo no inverno.
– Century 21
Uma das lojas de departamentos com descontos mais famosas da cidade (e talvez a melhor). Fechou durante a pandemia, mas tem previsão de ser reaberta em 2023.
Como todas as lojas desse tipo, pode ter mais ou menos produtos interessantes dependendo da época em que se vai, mas, se você gosta de roupas de marca, certamente vai encontrar alguma coisinha por lá.
Minha dica para esta loja é ir pela manhã, o mais cedo possível. Isso porque ao longo do dia a quantidade de clientes aumenta, as roupas começam a ficar bagunçadas, e os provadores passam a ter longas filas.
Endereço: 21 Dey Street.
Estações de metrô mais próximas: Chambers St. (A, C), World Trade Center (E), WTC Cortland (1), Fulton St. (2, 3, 4, 5) e Cortland St. (R, W).
– New York Stock Exchange
A Bolsa de Valores de Nova York localiza-se na famosa Wall Street e, desde os ataques de 11/09, não é mais aberta à visitação. Vale a pena, de qualquer forma, dar uma olhada no prédio de 1865, com suas seis imponentes colunas de mármore sempre decoradas com bandeiras dos Estados Unidos. É um marco do Financial District.
Endereço: 11 Wall Street
Estações de metrô mais próximas:Wall St. (4, 5), Broad St. (J), Wall Street Station (2, 3), Rector Street Station (R).
– Federal Hall
Primeira sede do governo americano, onde George Washington fez o juramento como primeiro presidente dos Estados Unidos. É possível visitar gratuitamente de segunda à sexta-feira, das 9:00 às 17:00.
Endereço: 26 Wall Street
– Stone Street (entre Coenties Alley e Hannover Square)
Calçadão de pedra cheio de bares e restaurantes (nos meses mais quentes, com mesas na rua). É o ponto de encontro dos trabalhadores do Financial District no Happy Hour, sendo esse o horário mais interessante de passear por lá.
De acordo com a história, esta foi a primeira rua pavimentada de Nova York, em 1658.
Estações de metrô mais próximas: Wall Street Station (2, 3), Bowling Green Station (4, 5).
– Touro de Wall Street/Charging Bull
Famosa escultura de bronze de Arturo di Modica, terminada em 1989, com 3,5 toneladas. Diz a lenda que passar a mão nos chifres ou nos testículos do touro traz sorte, razão pela qual há filas de turistas tanto na frente quanto atrás da escultura. Para mim, a melhor opção para não perder muito tempo é tirar uma foto com o touro de lado (sem fila) e, se fizer questão, outra com com a mão nas bolas (onde normalmente tem menos gente).
Certamente está na lista dos pontos turísticos mais visitados do Financial District.
Endereço: Bowling Green, na esquina da Broadway com a Morris St.
Estação de metrô mais próxima: Bowling Green Station (4, 5).
– Battery Park
Localizado no extremo sul de Manhattan (e do Financial District), é dali que partem os barcos de passeio para a Estátua da Liberdade. É um dos parques mais célebres entre os nova-iorquinos para caminhadas e para ver o pôr do sol. Também é uma boa maneira de dar uma espiada na Estátua da Liberdade sem muito esforço e sem gastar nada (para outras opções, acesse o post Como ver a Estátua da Liberdade sem pagar nada).
Estações de metrô mais próximas: Bowling Green Station (4, 5), Whitehall St. (R), South Ferry (1).
– South Street Seaport
Área histórica de Manhattan, com calçadão de paralelepípedos e antigos prédios de tijolinhos, ocupados por lojas, bares e restaurantes.
Foi, por quase 4 séculos, uma das principais zonas comerciais de Nova York, sendo sede de grandes companhias de navegação e do enorme Fulton Fish Market (segundo maior do mundo). Existe, inclusive, um museu que mostra como a cidade se desenvolveu a partir de seu porto, o South Street Seaport Museu.
Nos últimos anos passou por uma grande revitalização e, além de receber novas e modernas lojas (especialmente no antigo Fulton Fish Market), conta agora com um enorme complexo na beira do East River, o Píer 17, no qual são realizados diversos shows e eventos nos meses de verão.
Mesmo que você esteja lá no inverno ou não se interesse pela badalação dos eventos de verão, vale dar um passeio pelo Píer 17 para curtir as belas vistas da Brooklyn Bridge e do East River bem relaxado em uma das espreguiçadeiras espalhadas pelo local. Também pode aproveitar para fazer um boquinha em um dos restaurantes de chefs renomados que mantém operações por ali.
Aliás, opções de alimentação não faltam na região, principalmente depois da abertura do Tin Building by Jean-Georges. Localizado na South Street, bem em frente ao Pier 17, esse mercado/praça de alimentação reúne ótimos restaurantes, bares e confeitarias, além de oferecer produtos frescos, como peixes, queijos e pães para compra direto no balcão. Tudo escolhido a dedo pelo chef celebridade Jean-Georges Vongerichten.
Estações de metrô mais próximas: Fulton Street Station e Wall Street Station (2, 3).
Dica para se deslocar em Downtown Manhattan
Existe um ônibus gratuito chamado “Downtown Connection” que passa pertinho de quase todos os lugares que eu mencionei nesse post. Embora seja possível fazer tudo a pé, às vezes é útil pegar uma carona para descansar um pouco as pernas!
Os ônibus funcionam diariamente, das 10h às 19h30, e costumam passar a cada 15 minutos pelas paradas. O mais legal é que a gente pode acompanhar a localização dos veículos pela internet e assim saber se tem algum por perto.
Para saber mais sobre esse serviço e olhar o mapa completo com a rota do “Downtown Connection”, clique nesse link aqui.
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