Mátria Parque de Flores: tudo sobre o passeio
É impressionante como sempre tem algo novo para a gente visitar e se maravilhar na Serra Gaúcha! Recentemente fui conhecer um empreendimento sensacional inaugurado em novembro de 2021 na cidade de São Francisco de Paula: o Mátria Parque de Flores, uma verdadeira obra de arte do paisagismo!
Localizado na RS-235 a menos de 15 minutos do centro de São Francisco de Paula, a 25 minutos de Canela e a 35 minutos de Gramado, o parque é uma ótima opção de passeio para quem está visitando a região.
O Mátria Parque de Flores ocupa uma área de 50 hectares, ao longo dos quais foram distribuídos 30 jardins de diferentes temáticas, com inspirações tanto afetivas quanto visuais e artísticas. São 300 espécies de flores e árvores, que envolveram o plantio inicial de nada menos que 7 milhões de mudas!
E afinal, como funciona a visita ao parque?
Chegando no Mátria Parque de Flores, após deixar o carro no amplo estacionamento gratuito, entrei no enorme Mátria Boulevard, onde ficam a bilheteria, lojas de roupas, decoração, lembrancinhas e jardinagem, além do Restaurante Faullia, que conta com buffet livre e parrilla.
Aqui preciso destacar o bom gosto dos artigos vendidos nas lojas. Tudo lindo, claramente escolhido a dedo pelos proprietários. Me surpreendi muito e fiquei com vontade de comprar tudo!
Essa área toda do Mátria Boulevard, que inclui também mesinhas ao ar livre, pode ser acessada gratuitamente, sem necessidade de aquisição de ingresso para o parque.
Uma vez ultrapassada a catraca, já somos recepcionados pela linda Praça das Boas-Vindas e pelo Mar de Rosas, que faz a gente se perder completamente, tirando milhares de fotos e se encantando com a beleza dos diversos tipos e cores de rosas.
Ali você vai perceber que é possível seguir o trajeto indicado pelo parque, que ajuda a não perder nenhum jardim escondido, ou seguir o seu próprio caminho, explorando tudo conforme a sua intuição.
Ao todo, são 8km de caminhos por entre os jardins, que também podem ser percorridos em carrinhos de golfe, mediante o pagamento de um valor adicional (R$ 120,00 por pessoa no carrinho compartilhado e R$ 500,00 por um carrinho privativo).
O tour no carrinho dura em torno de uma hora e meia e é guiado por um funcionário do parque, que explica um pouquinho sobre cada jardim, além de fazer pausas para fotos.
Eu, a pé e parando milhares de vezes, inclusive para almoçar, demorei quatro horas e meia para percorrer tudo.
Ainda no início do trajeto, um dos destaques é o Túnel de Rosas, que rende fotos e vídeos incríveis!
O mais maravilhoso é que a cada passo, se apresentam novas cores e formatos, garantindo empolgação durante todo o passeio.
Adorei também o Jardim Amarelo, que, entre outras flores, conta com um campo de girassóis que não perde em nada para os da Toscana! As abelhas que o digam!!!
Nessa área, encontrei ainda um pomar, onde é permitido colher e saborear as frutas da estação. Infelizmente, não tinha nenhuma na safra durante a minha visita, mas já consegui ver alguns figos e frutas cítricas que começavam a aparecer!
Depois dali, o caminho dá uma leve subida passando ao lado de um bosque de araucárias e a gente chega até o segundo restaurante do parque, a Casa Verde Arbório, que conta com comidinhas frescas e saudáveis (inclusive sem glúten e lactose). Mesmo para quem não vai comer, as mesinhas na rua são um convite para sentar e tomar um suco bem gelado!
Em frente ao Arbório, tem um gramado muito agradável com uma vista linda de todo o parque, especialmente do lago e de alguns dos jardins que passamos no início do passeio. Nesse local, assim como outros pontos específicos, há uma placa indicando que é permitido pisar na grama.
Vale a pena tirar os sapatos e sentir a graminha bem aparada sob os pés! É um verdadeiro deleite!
Esses mirantes em lugares altos, que aparecem de vez em quando, são a coisa mais linda, pois conseguimos perceber direitinho como cada jardim foi pensado para formar um desenho todo especial!
Continuando o passeio, um lindo recanto em zigue-zague, chamado Jardim Linhas de Nazca, logo prende a nossa atenção. Eu desci por todo o caminho, admirando as plantas em tons terrosos, e depois voltei para o alto, com medo de me desviar o percurso sugerido.
Lá em cima, encontrei o Monumento à Borboleta, um canteiro verde cheio de florzinhas brancas no formato do animal e protegido por uma estrutura de madeira bem bonita. As borboletas são típicas da região e fazem várias aparições ao longo do passeio.
Descendo em direção ao lago por um caminho cercado de canteiros lilases e roxos (Jardim Lilás), cheguei ao Vale dos Ipês, um enorme campo com maravilhosas espreguiçadeiras de madeira: um verdadeiro convite para relaxar! Quando os ipês crescerem, então, vai dar até pra tirar uma soneca na sombra das árvores!
Depois do descanso, as brincadeiras! A próxima parada da nossa jornada foi o Jardim de Brincar, onde ficam dois trabalhos de Juliana Castro: a obra “Deslocamento”, feita com o movimento de terra do próprio terreno do parque, simbolizando a capacidade do movimento de transformação da matéria, seja das coisas ou das próprias pessoas, e o Balanço “Tempo”, que faz a gente voltar a ser criança e sentir o prazer de andar de balanço em meio ao verde.
Na sequência, uma das atrações que mais atiça a curiosidade dos visitantes: o Meliponário, um espaço com 50 caixas de abelhas sem ferrão, que podem ser observadas bem de pertinho em seu trabalho diário de busca do pólen e produção do mel.
Saindo dali, um dos grandes espetáculos do parque, o Túnel de Glicínias, com 102m de comprimento, que no início da primavera (entre agosto e setembro na Serra) mostra toda a sua beleza e perfume! No verão, quando visitei, estava bem verdinho, muito bonito e pitoresco também!
A visita continua no alto de uma coxilha, passando por diversos jardins encantadores, como o Sensorial (com um aroma super forte de alecrim), o Jardim em Degradê e o Jardim Ancestral.
Como a fome estava batendo nessa hora, resolvi descer em direção ao Mátria Restobar, que fica literalmente embaixo da colina (para os fãs de Senhor dos Anéis: parece uma casa de hobbit!).
O restaurante é bem grande, com mesas tanto na área interna quanto em um deck com vista para o lago. O ambiente é muito agradável e gostei dos dois pratos que experimentei: croquete de pinhão com linguiça e entrecot acompanhado de batatas rústicas, chimichurri e farofa.
No fundo do restaurante, é possível visitar a adega subterrânea, que conta com mais de 400 rótulos nacionais e internacionais.
Ali também fica o Alfresco Mátria, onde os visitantes podem contratar um piquenique personalizado (mais chique, com tenda, almofadas e mesinha, ou mais simples, só com a cesta e uma toalhinha). Os preços de cada experiência, você encontra aqui.
Há barquinhos à remo muito fofos no píer, disponíveis para aluguel no valor de R$ 25,00 por pessoa.
Depois do almoço, com as energias renovadas, retomamos o nosso caminho, cuidando para não deixar nenhum jardim de fora.
Conhecemos o Jardim Rústico e o Pomar Silvestre e depois fizemos a volta em uma área alagada, tipo um charco ou banhado, onde encontramos os bichinhos mais fofos do mundo: os preás!
Eles estão espalhados por toda a trilha, pois saem do charco para comer a grama bem verdinha. Conforme a gente passa, os preás correm de volta para a proteção da vegetação, mas ainda assim é possível vê-los bem de pertinho!
Adorei conhecer pessoalmente esse animal tão simpático que só tinha visto em livros. Uma gracinha!!!
A última parte do percurso antes de voltar ao Mátria Boulevard é um zigue-zague de flores vermelhas e cor-de-rosa que rende fotos espetaculares. No meio dessas flores, há também diversas cerejeiras, que certamente serão um dos pontos altos do passeio durante a época de sua floração.
Aliás, essa é uma das características muito legais do parque: há plantas que florescem nas mais diversas épocas do ano, de forma que sempre tem alguma coisa nova e bonita para ver. Conforme a gente vai caminhando, percebe que ao lado de um canteiro todo colorido, há alguns arbustos verdinhos ou caules mais secos, demonstrando que, em outro momento, será ali que vai aparecer a beleza naquela área.
Enfim, gostei muito do passeio e achei que vale cada centavo do valor cobrado. É um lugar de primeiro mundo, uma experiência que pode durar um dia inteiro e que garante momentos de paz, relaxamento e contemplação, além de garantir dezenas de fotos lindas.
E não precisa se preocupar: eu só falo bem assim das coisas que realmente gosto! Evidentemente que nem todas as pessoas acham tão legal passar horas caminhando em meio a flores, mas para aquelas que gostam, recomendo o parque de olhos fechados!
Informações gerais:
- Onde fica: km 68 da ERS-235, em São Francisco de Paula (estrada que liga o município a Canela)
- Horários: o Mátria Parque de Flores funciona todos os dias, das 10h às 18h
- Valores: R$ 119,00 (R$ 59,50 para idosos, jovens entre 12 e 16 anos e moradores de São Francisco de Paula, Canela, Gramado e Nova Petrópolis). Crianças até 11 anos não pagam.
- Passaportes para voltar quantas vezes quiser ao Mátria: R$ 357,00 (semestral) e R$ 490,00 (anual)
- Estacionamento: gratuito, no local
- Mais informações: Site Oficial do Mátria Parque de Flores e Instagram @matriaparquedeflores
* Este passeio foi realizado em parceria com o Mátria Parque de Flores, mas todo o relato aqui apresentado traz as minhas impressões reais de viajante sobre o local. *
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Que lugar apaixonante. Quero conhecer com toda minha família
É lindo mesmo! Vocês vão gostar!