Parque da Ovelha em Bento Gonçalves: tudo sobre a visita
Localizado no meio da Rota dos Caminhos de Pedra em Bento Gonçalves, o Parque da Ovelha é uma atração imperdível para quem gosta de animais, se interessa em aprender um pouco mais sobre o cuidado com as ovelhas, ou simplesmente procura um passeio que vá agradar adultos e crianças. Eu estive no parque recentemente e vou te contar aqui tudo sobre a visita!
A primeira coisa que você precisa saber é que o Parque da Ovelha é uma fazenda de ovinos leiteiros, ou seja, animais que são criados apenas com a finalidade de produzir leite. Eles não sofrem abate, seja para uso de pelego ou carne, e parecem ser muito bem tratados (por exemplo, fiquei sabendo que não são usadas cordas nas ovelhas do parque em nenhuma situação).
O leite produzido ali serve para a elaboração de diversos produtos da marca Casa da Ovelha, que tem uma loja na entrada do parque. Aliás, a degustação é uma das atividades inclusas no passeio!
Bom, a visita padrão ao Parque da Ovelha inclui oito atividades que ocorrem em intervalos de aproximadamente 30 minutos. São elas: Amamentação, Cães Treinados, Falcoaria, Alimentação das Ovelhas, Degustação, Tosquia, Grande Rebanho e Ordenha.
Eu fiquei especialmente satisfeita com a organização do local. Dependendo do horário que a pessoa chega, recebe uma pulseirinha de uma cor e, com base nisso, os monitores vão encaminhando os visitantes para as atividades seguintes, de forma que todos passem por cada tipo de atração.
Minha visita começou com a Amamentação dos carneirinhos que, de acordo com os funcionários do parque, tomam seis mamadeiras por dia.
Acho que essa é a atividade que mais encanta a todos, pois o contato com esses bichinhos tão fofinhos é simplesmente maravilhoso. Tudo também é muito organizado, para evitar que o mesmo carneiro tome mais de uma mamadeira. Aqui podemos interagir com os filhotes que têm mais de trinta dias de vida (os mais bebezinhos ficam separados, não podemos tocar, apenas olhar).
É uma delícia sentir os carneirinhos esfomeados sugarem a mamadeira e depois tentarem pegar tudo que a gente tem solto pelo corpo: cadarços, cabelos, brincos, colares. Eles têm muita energia!!!
Depois, seguimos para a apresentação da Falcoaria, onde um veterinário especializado nos mostrou duas aves de rapina em serviço: uma coruja e um gavião.
Ele explicou que, antes de trabalhar ali, atuava no aeroporto de Porto Alegre, utilizando suas aves para espantar pequenos pássaros que colocavam em risco os aviões. Elas são treinadas para dar apenas um rasante sobre a “presa” para assustá-la e depois voltar para a mão do treinador, onde sempre aguarda um delicioso pedaço de carne.
Foi uma exposição muito interessante, pois, além de aprender mais sobre esses animais, pudemos vê-los de pertinho, tanto pousados quanto voando sobre as nossas cabeças!
A terceira atividade do dia foi a dos Cães Treinados, que nada mais é do que uma demonstração do trabalho dos Border Collies no pastoreio das ovelhas.
É realmente impressionante como os cachorros, seguindo comandos quase que sussurrados pelo treinador, conseguem levar as ovelhas de um lado para outro apenas com a força de seu olhar e de suas expressões corporais.
Em nenhum momento os cães latem, mordem ou mesmo encostam nas ovelhinhas. Eles só mantêm um olhar fixo e uma postura meio abaixada, como se estivessem à espreita, e elas já correm para o lado certo.
Alguns cachorros do Parque da Ovelha participam inclusive de competições de pastoreio, já tendo conquistado vários títulos.
Nossa próxima atividade foi a Degustação de produtos feitos com o leite das ovelhas. Fomos até uma espécie de “sala de aula”, onde aprendemos um pouco sobre a história da Casa da Ovelha e sobre os produtos elaborados pela empresa.
Degustamos vários tipos de queijo deliciosos e um doce de leite surpreendente!
Saindo dali, seguimos para o galpão onde ocorre a Alimentação das Ovelhas. No momento da nossa visita, estavam por ali as adolescentes, as grávidas e os carneiros.
Após uma explicação sobre o funcionamento da fazenda, recebemos potes cheios de alimento para oferecer aos animais. Eles comem vigorosamente das nossas mãos e querem sempre mais.
A comida preferida deles é o milho, então, depois que já estão satisfeitos, começam a assoprar para tirar os outros cereais e conseguir apenas os grãos de milho que sobram. Muito espertinhos!
O sexto programa do nosso roteiro foi acompanhar a Tosquia de uma ovelha, ou seja, o seu corte de cabelo.
A raça criada no Parque da Ovelha não é usada para produção de lã, então a tosquia é feita apenas para o conforto e higiene dos bichinhos. E foi fácil entender a necessidade disso no dia da nossa visita, pois faziam 37ºC e não dava nem para imaginar o calor debaixo daquele casaco de lã!
Como os tratadores da fazenda não usam cordas para prender os animais, o moço que fez a tosquia tomou um suador para “convencer” a ovelhinha a sentar e ficar quietinha. Mas deu tudo certo e, sem nenhuma força bruta, o bichinho ficou parado e bem relaxado durante todo o processo (e saiu bem mais fresquinho).
Outra demonstração bem semelhante é a do Casqueamento. A ovelha também é colocada sentada e o tratador cuida de seu casco, deixando-o sempre saudável, evitando problemas de coluna, doenças e dificuldades de locomoção.
As últimas atividades do cronograma, que acontecem somente no meio da tarde, são o Grande Rebanho e a Ordenha.
Primeiro, duzentas ovelhas descem soltas em direção ao galpão principal passando pelos visitantes, que ficam no meio dessa muvuca toda! É possível alimentá-las no processo e observar enquanto se encaminham para a ordenha, sempre seguindo a líder.
Em seguida, é feita uma demonstração da retirada mecânica do leite das ovelhinhas, que depois será usado na elaboração de todos aqueles produtos que experimentamos mais cedo. Cada uma produz em média 2 litros de leite por dia e, durante a ordenha, elas ficam o tempo todo comendo milho.
Infelizmente, eu não pude participar das atividades da tarde, pois precisei ir embora às 13 horas. Mas como deu para ver, é possível passar o dia inteiro no parque sem ficar entediado!
Aliás, além da lojinha de produtos da Casa da Ovelha na entrada, o parque conta com um pequeno restaurante de massas artesanais muito simpático! Ali também é possível comprar água e outras bebidas. Ou seja, até o almoço está garantido!
De qualquer forma, se você preferir sair para comer em outro lugar (os Caminhos de Pedra têm muitas opções deliciosas), é permitido voltar para o Parque da Ovelha mais tarde com a sua pulseirinha para fazer o resto das atividades.
Eu adorei o passeio e achei perfeito tanto para adultos quanto para crianças!
Informações importantes
– Quais os horários de funcionamento? De segunda-feira à domingo das 09h15 às 17h (loja), sendo que a última entrada para o Parque é às 16h.
– Quanto custam os ingressos para o parque da Ovelha (incluem todas as atrações que mencionei aqui no post)?
- Adultos: R$ 140,00
- Crianças (0 a 5 anos): isento
- Crianças (6 a 10 anos): R$ 70,00
- Acima de 60 anos: R$ 70,00
– Valores do passeio especial “Uma Aventura com o Pastor“, que leva os visitantes para o campo em veículo 4×4 para ver de perto o pastoreio das ovelhas e inclui também todas as atividades do ingresso básico (necessário agendamento prévio):
- Adultos: R$ 250,00
- Crianças (0 a 5 anos): isento
- Crianças (6 a 10 anos): R$ 125,00
- Acima de 60 anos: R$ 125,00
– Dica: comprando os ingressos pelo site oficial, quase sempre se conseguem bons descontos!
– O que vestir no Parque da Ovelha? Vá com roupas e sapatos confortáveis, sem muitos adereços (os carneirinhos adoram puxar). O parque fornece chapéus e repelente.
– Onde fica o Parque da Ovelha? Nos Caminhos de Pedra (Rodovia Linha Palmeiro, 400- Distrito de São Pedro – Bento Gonçalves – RS). É possível estacionar bem na frente.
– Sempre acesse o site do parque antes da sua visita para confirmar os horários de funcionamento e valores dos ingressos (lembrando que lá você encontra inclusive uma prévia do cronograma das atividades com as ovelhas).
* Esse passeio ocorreu em parceria com o Parque da Ovelha, mas todo o relato aqui apresentado reflete as nossas impressões reais de viajante sobre o local. *
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