Zugspitze: neve o ano inteiro na Alemanha
A montanha mais alta da Alemanha, com 2.962m de altitude, fica bem ao sul, na fronteira com a Áustria, e pode ser acessada a partir das cidades-irmãs de Garmisch-Partenkirchen.
No Zugspitze há neve o ano inteiro, sendo possível arriscar algumas escorregadas de esqui-bunda mesmo no verão!
Um passeio ao Zugspitze pode ser um belo encerramento para a sua viagem pela Rota Romântica, um bate-e-volta de Munique, ou mesmo um passeio de um ou dois dias para quem está na Áustria (Garmisch-Partenkirchen fica a apenas 1h de carro de Innsbruck).
Alerto, desde já, que é um programa caro e só merece ser feito com um dia bonito (você pode consultar as condições meteorológicas no alto da montanha no site oficial). Além disso, é bom ir pela manhã, pois nos Alpes o dia tende a amanhecer claro e, aos poucos, as nuvens vão chegando e acabam, muitas vezes, cobrindo completamente o pico das montanhas.
O passeio todo custa 56,00 € por pessoa, havendo alguns descontos especiais para famílias (ex.: 67,00 € para um adulto+uma criança).
Agora vou explicar o que está incluído nesse valor e qual a melhor forma de subir e descer a montanha.
Se você estiver de carro, há duas opções iniciais (ambas pelo mesmo preço):
- Estacionar na Estação de Trem do Zugspitze, em Garmisch-Partenkirchen, comprar seu Zugspitze-Ticket e pegar o trem de cremalheira para começar a subida da montanha. Desta estação até o Lago Eibsee, onde você vai pegar um teleférico até o topo, são 30 minutos de viagem.
OU
- Estacionar diretamente no Lago Eibsee e ali comprar o seu Zugspitze-Ticket para subir a montanha.
Pareceu-me mais vantajoso estacionar direto no Eibsee, pois é mais rápido ir de Garmisch até ali de carro do que trem. Além disso, você não depende dos horários dos trens, que partem apenas a cada hora, e será mais fácil conhecer e tirar fotos do lago na volta, com calma. Se a pessoa vai de trem, o ideal é visitar o lago na ida (para poder voltar de trem direto da montanha até Garmisch, sem parar).
Bom, chegando no Eibsee, entre na estação do teleférico (Cable Car Zugspitze), totalmente renovado e inaugurado no início de 2018. Os bondinhos (cabines enormes, com capacidade para 120 pessoas e janelas de vidro do chão ao teto) partem a cada 15 minutos e demoram apenas 10 minutos até o topo da montanha. A subida é linda, com destaque para a vista do Lago Eibsee, com diversos tons de verde!
Ao desembarcar, vá direto para o observatório do cume, afinal, no ponto mais alto é onde as nuvens podem chegar primeiro – e ninguém quer correr o risco de perder a vista! De lá, tem-se uma visão em 360 graus de mais de 400 picos Alpinos em 4 países diferentes. É realmente deslumbrante.
Caminhando pelo topo da montanha, ainda é possível atravessar a fronteira com a Áustria e entrar no observatório do teleférico austríaco, de onde se tem uma vista muito bonita do Eibsee.
Quando terminar de admirar as montanhas nevadas, pegue o teleférico (Gletscherbahn) que leva ao Glaciar, a 2.600m de altitude, onde o gelo é eterno. Quando eu fui, na primavera, a aparência era de inverno total, com neve e gelo por todo o lado.
Ali fica a capela mais elevada da Alemanha, alguns restaurantes e um belo terraço para relaxar tomando um solzinho em espreguiçadeiras espalhadas pelo local. É possível caminhar pela neve e praticar esqui-bunda. Nos meses mais quentes, os trenós são gratuitos e ficam à disposição de quem quiser andar (no dia que eu estava lá, liberaram o esqui-bunda em torno do meio-dia). É bem divertido!
Para retornar à cidade, você pode pegar o trem de cremalheira ali mesmo no Glaciar. Ele desce boa parte do trajeto por um túnel dentro da montanha, completamente inclinado. Demora 1h10 no total, o que me pareceu uma eternidade, pois estava ansiosa para chegar logo à cidade para fazer um outro passeio maravilhoso que conto em detalhes nesse post.
Leia também:
- Dicas úteis – Alemanha
- O que fazer em Frankfurt: roteiro de 1 ou 2 dias
- Würzburg: a porta de entrada para a Rota Romântica
- Rothenburg ob der Tauber: a cidade do Natal
- O que fazer em Heidelberg?
- Burg Hohenzollern: um típico castelo de contos de fadas
- Castelo Neuschwanstein: dicas essenciais para sua visita
- Füssen: onde ficar e o que fazer após o Neuschwanstein
- Partnachklamm: monumento natural próximo ao Zugspitze
- Colônia: O que conhecer além da famosa Catedral
- Munique: o que fazer na cidade em 2 dias
- O que fazer em Hamburgo
Em que mês você foi? Ficou em Munich pra fazer esse passeio? Precisa de roupa especial pra neve? Vamos em agosto e me interessei em fazer esse passeio! Pode me passar outras dicas e seu roteiro se tiver?
Oi, Carolina! Eu subi no Zugspitze no dia 31/05. Era primavera e tinha bastante sol, então não foi necessário usar nenhuma roupa especial. Apenas coloquei um casaco quente na hora de subir ao pico da montanha. Tinha gente até de bermuda! Imagino que em agosto esteja ainda mais quente. É possível fazer bate-e-volta de Munique, mas eu me hospedei em Garmisch-Partenkirchen, que é a cidade onde fica o Zugspitze mesmo. A cidade é muito bonitinha e tem uma outra coisa muito legal para conhecer lá que é o Partnachklamm, um cânion incrível. Dá uma olhada nesse post aqui: https://passagemcomprada.com.br/partnachklamm/
Na noite anterior à subida ao Zugspitze, eu pernoitei em Füssen (onde fica o Castelo Neuschwanstein). Saí de lá bem cedinho para chegar ainda no meio da manhã à estação de trem do Zugspitze (a viagem demorou menos de 1 hora). É bem importante subir ao pico pela manhã, pois as nuvens são bem ligeiras para cobrir as montanhas.
Aqui no post dei algumas dicas bem interessantes para organizar o roteiro de subida na montanha. Se tiver ficado mais alguma dúvida, é só perguntar!
Quanto ao meu roteiro completo pela Alemanha, comecei por Frankfurt e depois fui descendo pela Rota Romântica. Dormi em Würzburg, Rothenburg ob der Tauber, Heidelberg, Füssen e Garmisch Partenkirchen. Depois segui para Munique, Colônia e encerrei a viagem em Hamburgo. Foram 20 dias no total. Já escrevi sobre todas as cidades em outros posts do blog se quiser dar uma olhada!