Um dia em St-Paul de Vence e Cagnes-sur-Mer
Nosso segundo dia na Côte d’Azur começou por uma manhã muito bem aproveitada em Nice, com passeio pelo Marché aux Fleurs e pelo Parc de la Colline du Château (já contei sobre esses lugares nesse post aqui).
Em torno das 11:30 da manhã, pegamos o carro e fomos conhecer algumas cidades próximas a Nice.
Saint-Paul de Vence
Começamos por Saint-Paul de Vence, um vilarejo medieval localizado no alto de uma colina, a aproximadamente 30 minutos de Nice. Essa cidadezinha é, talvez, a mais fotogênica da Côte d’Azur.
Chegando na entrada da cidade, estacionamos o carro e seguimos a pé, pois o trânsito de veículos é restrito nas ruelinhas de Saint-Paul. A primeira coisa que chamou a nossa atenção foi a Place du Jeu de Boules, uma praça onde os locais se reúnem para praticar o esporte favorito do sul da França: a pétanque (um jogo parecido com a bocha, mas com bolas metálicas).
Também na entrada da cidade, fica o famoso hotel e restaurante La Colombe d’Or (a pomba de ouro), local que recebeu muitos artistas famosos (como Picasso, Miró e outros), especialmente no início do século XX.
Dali, é só entrar em Saint-Paul-de-Vence e curtir com calma as ruelinhas cheias de lojinhas de produtos regionais, galerias de arte (ainda herança do passado artístico da cidade, que teve como morador mais célebre Marc Chagall), restaurantes e cafés.
Nosso almoço foi em um restaurante localizado dentro de uma casa medieval chamado Thé Artiste. Comemos galette (crepe salgado, feito com trigo sarraceno) e croque madame (tipo um sanduíche gratinado de pão de forma, recheado com presunto, queijo e molho branco, e coberto por um ovo). Estava uma delícia!
Haut-de-Cagnes
Depois do almoço, seguimos nosso passeio em direção a Haut-de-Cagnes, um dos vilarejos medievais mais autênticos da Côte d’Azur. Nós subimos de carro até lá e estacionamos no Parking du Planastel, um estacionamento bem esquisito, em que o carro entrava num elevador para ser guardado embaixo da terra. Também dá para estacionar no centro de Cagnes-sur-Mer e pegar um ônibuzinho gratuito até Haut-de-Cagnes (“navette gratuite” n° 44 – parte da estação de ônibus “Square Bourdet” ou em frente às informações turísticas a cada 20 minutos).
Haut-de-Cagnes é, na verdade, a parte antiga de Cagnes-sur-Mer.
A cidade antiga estava bem deserta quando visitamos (desconfio que seja sempre assim, pois só 650 pessoas vivem ali), o que foi ótimo, porque tivemos as ruelinhas floridas e as igrejinhas medievais só para nós.
O vilarejo não é super turístico como Saint-Paul de Vence e Èze, o que dá a ele o tom de uma genuína cidade da Idade Média – talvez por isso tenha sido fonte de inspiração para muitos artistas, como Renoir, Soutine, Klein, Foujita, Modigliani e Derain.
Haut-de-Cagnes desenvolveu-se em torno do Château Grimaldi (Castelo Grimaldi), construído em torno de 1300 por Rainier Grimaldi e transformado em um museu municipal em 1946. O valor para visitar o castelo é €4,00, com acesso ao Museu das Oliveiras, à coleção de retratos de Suzy Solidor e a exibições de arte moderna temporárias. Dizem que no topo da torre há uma ótima vista da Baía dos Anjos e da própria cidadezinha, mas eu não pude entrar pois o castelo estava fechado quando visitei (não abre às terças-feiras).
De acordo com o site oficial de Cagnes-sur-Mer, os horários de funcionamento são os seguintes:
- Julho e agosto: de 10h à 13h e de 14h à 18h.
- Setembro, abril, maio e junho: de 10h à 12h e de 14h à 18h.
- De outubro a março: de 10h à 12h et de 14h à 17h.
- Fechados todas as terças-feiras e nos dias 25/12 e 01/01
Cagnes-sur-Mer
De Haut-de-Cagnes descemos para o centro de Cagnes-sur-Mer, localizado à beira-mar, com vários edifícios e um calçadão em frente à praia. Pareceu ser um local bem interessante para se hospedar.
Ali há inclusive um shopping aberto bem grande, chamado Polygone Rivera, que tem as principais marcas encontradas nas capitais europeias (inclusive algumas que não vi em nenhuma outra cidade do sul da França, como a super-barata Primark e a japonesa Uniqlo). Fica na 119, Avenue des Alpes, 06800, Cagnes sur Mer (é só colocar no Google Maps).
A principal atração turística de Cagnes-sur-Mer é o Museu Renoir, construído na casa onde o pintor viveu seus últimos anos de vida. De acordo com a história, Renoir teria se mudado para a Côte d’Azur para se beneficiar do clima ameno do local, tendo em vista que sofria de forte reumatismo. Por ali, ainda realizou diversas obras de arte, muitas das quais estão em exposição no museu, assim como alguns dos cômodos da casa, reformados mas deixados com a aparência que possuíam quando Renoir vivia ali. A visita ao museu custa € 6,00 e os horários, de acordo com o site, são os seguintes:
- De junho a setembro: de 10h à 13h e de 14h à 18h (jardins abertos de 10h à 18h).
- De outubro a março: de 10h à 12h e de 14h à 17h.
- De abril a maio: de 10h à 12h e de 14h à 18h.
- Fechados todas as terças-feiras e nos dias 25/12, 01/01 e 01/05.
Infelizmente não pude visitar o museu (assim como o Château Grimaldi), porque era terça-feira…
Encerrado o passeio por Cagnes-sur-Mer, voltamos a Nice (25 minutos de carro) para descansar, jantar e dar mais um passeio pelas ruas movimentadas da cidade.