Roteiro de 20 dias entre Suíça e Itália de carro
Entre junho e julho de 2022, fiz um roteiro de 20 dias de carro entre Itália e Suíça, focando principalmente nos Alpes suíços, nos lagos italianos e na região da Toscana. Já escrevi sobre cada um dos lugares que visitei nesse passeio, mas agora decidi mostrar o roteiro completo, indicando locais de pernoite e deslocamentos, para ajudar você a preparar mais facilmente a sua viagem.
Dia 1 – Chegada em Milão e viagem até o Lago Maggiore (pernoite em Baveno)
Pegamos um voo do Brasil para Milão (especialmente pelo preço das passagens) e, após chegar ao aeroporto no fim da tarde, alugamos o carro que nos acompanharia durante todo o roteiro de 20 dias entre Suíça e Itália.
Dali, dirigimos por 45 minutos até a cidade de Baveno, às margens do Lago Maggiore, onde passaríamos duas noites. Esse vilarejo foi escolhido unicamente pela disponibilidade de hotéis, mas foi uma boa pedida! A cidade mais famosa para se hospedar no Lago Maggiore é Stresa (que já estava com as acomodações de bom custo-benefício todas lotadas).
Dia 2 – Passeio pelas Ilhas Borromeu no Lago Maggiore e tarde em Stresa (pernoite em Baveno)
Uma das vantagens de dormir em Baveno é que a cidade conta com barcos que levam para as Ilhas Borromeu, então foi apenas sair do hotel e caminhar duas quadras até a beira do lago para encontrar as empresas de navegação.
O barco que permite descer em todas as ilhas custava 15€ na época, mas também era possível escolher apenas uma ou duas ilhas para conhecer, por um preço mais baixo.
Ficamos meio dia no lago, conhecendo a Isola Madre, com seus belos jardins, e passando de barco pelas demais sem descer.
Depois, fomos conhecer a cidade de Stresa, onde almoçamos e passeamos no centrinho.
Nesse post aqui, te conto tudo sobre o meu passeio nas Ilhas Borromeu e na cidade de Stresa.
Dia 3 – Viagem até Zermatt, na Suíça, passando pelo Simplon Pass. Tarde na cidadezinha de Zermatt (pernoite em Zermatt)
No terceiro dia de viagem, saímos cedo de Baveno para tentar aproveitar uma parte do dia em Zermatt, na Suíça. O tempo previsto de trajeto era 2h30min, já que optamos por seguir pelo Passo dei Sempione, ou Simplon Pass, uma das lindas passagens de montanha da Suíça.
Existe um caminho sem todas as curvas e subidas, em que a gente embarca com o carro em um trem que corta as montanhas por túnel. Mas aí não dá para curtir a paisagem!
Ao cruzar a fronteira, a primeira coisa que precisamos fazer é parar em um posto de gasolina para comprar a Vignette, um adesivo que permite a circulação pelas autoestradas da Suíça (é o pedágio deles). O valor é 40 CHF.
Apesar de termos pegado muita chuva, conseguimos aproveitar alguns trechos das belas paisagens, e já tivemos um gostinho do frio que pode fazer nas montanhas, mesmo durante o verão!
Para chegar em Zermatt, é preciso estacionar na estação de Täsch e pegar um trem até a cidade vizinha (onde carros são proibidos). O trem custou 18,20 CHF ida e volta.
Fizemos check-in no hotel, almoçamos e usamos a tarde para passear pela cidade, pois o tempo estava muito ruim para subir nas montanhas.
Nesse post, você pode ler tudo sobre a cidade de Zermatt e o que tem para fazer lá.
Dia 4 – Zermatt – passeio no Gornergrat e no Matterhorn Glacier Paradise (pernoite em Zermatt)
O amanhecer em Zermatt foi um verdadeiro presente! Tivemos a sorte de, depois de tanta chuva, ser presenteados com um dia de céu limpo, e o Matterhorn acordou com a ponta iluminada de vermelho, como um diamante de sangue! Para ver esse fenômeno, tem que acordar cedinho (na época em que fomos, 5h40 da manhã), mas vale a pena!!!
Como queríamos fazer dois passeios de montanha nesse dia, saímos bem cedo e, às 8h, já estávamos acomodados no trem do Gornergrat. Essa é o passeio que nos leva mais perto do Matterhorn e que oferece as melhores vistas!
Caminhamos pelos vários terraços do Gornergrat, com vista para o Matterhorn e outras montanhas e geleiras, visitamos o museu interativo “Zoom The Matterhorn” e pegamos o trem de volta, fazendo uma parada em Rodenboden.
Nesse local, é possível ver o Matterhorn refletido no Lago Riffelsee (apenas quando não tem vento), e a paisagem é indescritível!!! Cheguei até a me emocionar.
O meu artigo contando tudo sobre o Gornergrat está nesse link aqui!
Todo esse passeio levou 4 horas: ao meio-dia estávamos de volta em Zermatt, prontos para um almoço rápido.
Na sequência, caminhamos até o teleférico que levava ao Matterhorn Glacier Paradise (aproximadamente 1km da estação de trem).
A subida nos bondinhos aéreos e depois na grande cabine do teleférico é lindíssima, passando por muitas montanhas e “sobrevoando” geleiras impressionantes.
Lá em cima, mais uma vista de montanhas nevadas (um tanto cobertas pelas nuvens no momento da minha visita), incluindo o “outro lado” do Matterhorn. Também é possível andar na neve, no local onde os esquiadores saem para as pistas, e explorar uma caverna de gelo muito interessante.
Terminamos o segundo passeio perto das 17h, ou seja, levou pouco menos de 4 horas.
Clique aqui para ler minha experiência completa no Matterhorn Glacier Paradise.
Dia 5 – Gruyères (cidade e fábrica de queijo) e Broc (Maison Cailler – fábrica de chocolate). Viagem até Interlaken (pernoite).
Nesse dia, saímos cedo de Zermatt (trem das 8h20min para Täsch) e fomos de carro até Gruyères, em uma viagem que levou 2 horas.
Nosso primeiro passeio foi uma visita à La Maison du Gruyère, uma fábrica/museu onde é possível aprender tudo sobre a fabricação do famoso queijo. Almoçamos um fondue por lá mesmo e estava delicioso.
Todas as informações sobre La Maison du Gruyère estão nesse post aqui.
Depois fomos até a cidadezinha de Broc (só 10 minutos de carro) para conhecer a Maison Cailler, uma fábrica de chocolate muito legal, com degustação livre de todos os produtos no final. Acho que ainda não provei nenhum chocolate tão bom quanto esse! Esse passeio estava reservado com hora marcada, por isso tivemos que sair de Gruyères, ir até lá e depois voltar.
Clique aqui para ler o relato completo da minha visita à Maison Cailler.
Retornando a Gruyères, visitamos a cidadezinha medieval (minúscula, acho que é possível atravessá-la em 5 minutos a pé) e o Castelo de Gruyère, onde estava ocorrendo uma festa de São João no estilo da Idade Média. Muito interessante!
Caso tenha interesse, preparei um post com roteiro completo de um dia em Gruyères e região. Basta clicar aqui para ler.
No fim da tarde seguimos viagem até Interlaken (1h20min de carro), onde passaríamos os próximos dias.
Dia 6 – Passeio de carro em volta do Lago de Thun (pernoite em Interlaken)
Nosso primeiro dia em Interlaken amanheceu nublado, ameaçando chuva, o que inviabilizava qualquer passeio de montanha. Optamos, então, por fazer uma volta de carro pelo Lago de Thun.
Primeiro paramos na Sigriswil, uma ponte suspensa com belas vistas que aparece na série coreana Pousando no Amor (estava super na moda na época).
Na sequência, visitamos os jardins do Castelo de Oberhofen, lindos e gratuitos, à beira do lago
Por fim, chegamos à cidade de Thun, onde almoçamos e passeamos pelo centro histórico.
Para mais detalhes sobre esse passeio de um dia em volta do Lago de Thun, dê uma olhada nesse post aqui.
Dia 7 – Lauterbrunnen e Schilthorn Piz Gloria (pernoite em Interlaken)
O segundo dia em Interlaken também acordou meio feio, mas olhamos as imagens aos vivo das montanhas e vimos que Schilthorn Piz Gloria ainda não estava coberta pelas nuvens. Fomos o mais rápido possível para aproveitar!
A subida de teleférico é muito bonita, e todas as referências ao 007 lá no topo também são bem interessantes (o local serviu de set de filmagens para um dos filmes de James Bond). Nos terraços panorâmicos, é possível curtir a vista das principais montanhas da região: Eiger, Mönch e Jungfrau.
Na parada intermediária de Birg, passarelas metálicas vazadas, “slackline” sobre o precipício e outras atividades garantem a adrenalina do passeio.
Nesse post, você encontra meu relato sobre a visita ao Schilthorn Piz Gloria.
De volta ao vale, demos uma volta em Lauterbrunnen para ver as lindas cachoeiras que caem em volta da cidade, mas infelizmente chovia muito e precisamos voltar para Interlaken.
Aproveitamos a tarde para conhecer a cidade de Interlaken, olhar as lojinhas (muitos canivetes suíços!) e visitar o zoológico alpino gratuito aos pés do Harder Kulm (havia marmotas e cabras montanhesas).
No fim do dia, quando o tempo abriu um pouco, dirigimos por 10 minutos até Iseltwald, uma linda cidadezinha às margens do lago Brienz.
Se quiser descobrir mais sobre Interlaken e os passeios disponíveis nos arredores, clique aqui.
Dia 8 – Passeio no Schynige Platte, Grindelwald, Giessbach Falls, Brienz (pernoite em Interlaken)
Bom dia de sol em Interlaken!!! Caímos da cama para conseguir fazer o máximo de passeios que ficaram atrasados em razão do mau tempo.
Às 8h05 partimos no clássico trem rumo ao Schynige Platte, uma montanha com jardim botânico alpino e trilhas com vistas maravilhosas para picos nevados e para os Lagos Brienz e Thun.
Chegamos de volta às 12h40min e partimos de carro mais uma vez em direção à Lauterbrunnen, para poder ver a cidade com sol (afinal, era uma das nossas prioridades). Ficamos encantados! Realmente parece a cidade élfica de Valfenda mostrada no Senhor dos Anéis!
Depois, uma paradinha rápida em Grindelwald para conhecer e almoçar (infelizmente não deu tempo de subir na montanha First), e dali, rumo ao Lago Brienz!
Por lá, decidimos visitar as Giessbach Falls, cachoeiras que caem pelas rochas até desaguar diretamente no lago. É possível caminhar atrás da queda d’água e curtir uma paisagem deslumbrante.
O dia terminou na cidade de Brienz, tipicamente suíça, cheia de casinhas de madeira e vistas para o lago. Uma graça!
Nesse post aqui, eu organizei as atividades e lugares para visitar ao redor do Lago Brienz (que eu acabei conhecendo em dias diferentes em razão das condições climáticas).
Dia 9 – Monte Pilatus e cidade de Lucerna (pernoite em Lucerna)
Viagem de Interlaken até Lucerna (pouco mais de uma hora), passando pelo Brünigpass, uma linda estrada cheia de cachoeiras, e pelo Lago Lungern (vale a pena dar uma paradinha para admirar e tirar fotos, pois a cor do lago é sensacional).
Após check-in no hotel, passeio no Monte Pilatus (subida de trem de cremalheira e descida de teleférico). Lindas paisagens, com Lago Lucerna de um lado e montanhas do outro. Na descida, fizemos uma parada na estação Fräkmüntegg para andar no maior tobogã alpino da Suíça. Muito radical!
Nesse post, te conto toda a experiência de visitar o Monte Pilatus.
No fim da tarde, ainda deu tempo de dar um passeio rápido em Lucerna.
Dia 10 – Lucerna (pernoite na cidade)
Nossa intenção no décimo dia do roteiro de 20 dias entre Suíça e Itália era conhecer o Monte Titlis, uma montanha que tem bastante neve no verão e é possível escorregar com boias e coisas assim. Por azar, o tempo amanheceu muito chuvoso, então desistimos e acabamos ficando por Lucerna mesmo.
Visitamos os principais pontos turísticos da cidade e eu relatei tudo em detalhes nesse post aqui.
Dia 11 – Retorno à Itália pelo St. Gotthard Pass, com parada rápida em Lugano. Cidade do Como (pernoite).
Saímos cedo de Lucerna para voltar à Itália pelo Passo de San Gotardo, mais um caminho cheio de curvas nas montanhas, muito procurado por motoqueiros e ciclistas. A viagem completa de Lucerna até Como por essa estrada leva quase 3 horas.
Fizemos ainda uma parada rápida em Lugano para dar uma olhadinha e esticar as pernas. Muito bonita e animada a região na beira do lago.
Apesar da longa viagem e da escala em Lugano, ainda conseguimos chegar em Como a tempo de conhecer a cidade. Caminhamos pelas principais ruas do centro, visitamos belas igrejas e curtimos o final de tarde na beira do Lago di Como.
Para te dar uma ideia do que fazer na cidade do Como, preparei esse roteiro aqui.
Dia 12 – Lago di Como – Bellagio e Varenna (pernoite em Como)
O dia amanheceu ensolarado em Como, então pegamos o carro e partimos em direção a Bellagio em torno das 9 horas da manhã. A estrada é estreita e estava cheia de ciclistas (talvez por ser domingo), de forma que o trajeto levou em torno de 1 hora.
A manhã em Bellagio foi muito agradável! Conseguimos conhecer todo o vilarejo antes de a maioria dos turistas chegar, o que foi uma grande vantagem.
Perto das 13h, pegamos um barco para Varenna (4,60€ o trecho), com uma escala em Menaggio (o que foi ótimo, pois pudemos ver mais essa cidadezinha de perto).
Almoçamos e passeamos em Varenna, curtindo a linda vista do Lago di Como, e depois voltamos de barco até Bellagio, onde pegamos o carro em direção à cidade de Como.
Antes de voltar para o hotel, subimos por uma estrada altíssima e cheia de curvas até Brunate, um vilarejo minúsculo que tem uma vista bonita de toda Como e do lago.
Nesse post aqui, tem todo o meu roteiro de um dia no Lago di Como, incluindo várias dicas para o seu passeio ser um sucesso.
Dia 13 – Bolonha (pernoite em Bolonha)
Depois de passear no Lago di Como, nosso objetivo era ir até a Toscana passar alguns dias. Mas para evitar uma viagem de carro muito cansativa, optamos por passar um dia em Bolonha, na Emilia-Romagna.
A viagem até lá durou 3 horas, o suficiente para chegarmos em Bolonha na hora do almoço.
À tarde, conseguimos conhecer todo o centro histórico, comprar produtos típicos (são da região o queijo Parmigiano Reggiano, o prosciutto di Parma, o aceto balsâmico de Modena e a mortadela) e visitar os principais pontos turísticos.
Foi um dia muito bem aproveitado! Gostei bastante da cidade!
Meu roteiro completo por Bolonha está nesse post aqui.
Dia 14 – Arezzo e Cortona (pernoite em Bagno Vignoni)
Após uma noite de descanso em Bolonha, seguimos viagem em direção à Toscana, já parando para conhecer duas cidades lindas bem típicas.
A primeira foi Arezzo, que fica a 2h20min de Bolonha, e a segunda, Cortona, mais 40 minutos de viagem. Ambas já conseguiram nos colocar no clima da Toscana (até já vimos nossos primeiros campos de girassóis!).
Todos os detalhes sobre essas duas cidades tão simpáticas, você encontra no post “Arezzo e Cortona: cenários de cinema na Toscana“
Mas o destino final desse dia ainda ficava a uma hora de distância, no meio do Val D’Orcia (a área mais linda da região). Escolhemos Bagno Vignoni para nos hospedar durante os dias na Toscana por dois motivos: localização central para as cidades que queríamos conhecer e águas termais no hotel para relaxar no fim do dia!
Dia 15 – Siena, Montalcino e San Quirico D’Orcia (pernoite em Bagno Vignoni)
Acordamos em Bagno Vignoni e partimos em direção a Siena, passando por muitos campos de girassóis e caminhos de ciprestes.
A viagem durou apenas 1 hora e conseguimos aproveitar bastante a famosa cidade do Palio, com a impressionante Piazza del Popolo e ruelinhas de comércio que a circundam.
No caminho de volta decidimos parar em Montalcino, onde visitamos a fortaleza e tentamos, sem sucesso, encontrar um lugar aberto para almoçar (já passava das 13h e nenhum restaurante nos aceitou – até o supermercado estava fechado para a sesta, das 13h às 16h!).
Mas tudo bem, pois em 20 minutos de carro já estávamos de volta ao nosso hotel, onde nos acomodamos na beira das piscinas termais para um almoço mais leve.
Depois de algumas horas mergulhados nas águas quentes de Bagno Vignoni, pegamos o carro e andamos por 10 minutinhos até San Quirico D’Orcia, mais um vilarejo medieval minúsculo e bem típico. Escolhemos uma pizzaria para jantar na principal rua da cidade, a Via Dante Alighieri.
Dia 16 – Termas de Saturnia e Bagni San Filippo (pernoite em Bagno Vignoni)
O dia de hoje é dedicado às águas termais da Toscana. Partimos de Bagno Vignoni em direção à Saturnia, por uma estrada cheia de curvas, e, após 1h30min de viagem, chegamos às Cascate del Mulino di Saturnia. Eram 10h30min da manhã, e as termas já estavam bem movimentadas.
Esse local é muito bonito, cheio de pequenas cascatas e piscinas naturais de água branco-azulada, onde os italianos adoram ficar de molho para aproveitar as propriedades curativas das termas. Claro que também é um local muito popular, então recomendo não ir em finais de semana e tentar chegar o mais cedo possível.
Após um almoço autêntico e delicioso na cidadezinha de Semproniano, iniciamos o retorno, mas antes de chegar ainda fizemos uma parada em outra área termal: Bagni San Filippo, que fica a apenas 20 minutos de Bagno Vignoni.
Esse vilarejo é famoso pela formação chamada “Baleia Branca”, um enorme bloco de calcário esbranquiçado em razão dos sedimentos deixados ali pelas águas termais, lembrando o formato da boca de uma baleia. As piscinas naturais nesse local são menos movimentadas do que as Termas de Saturnia, mas também têm o acesso um pouquinho mais difícil.
A imagem, no entanto, é muito interessante: parece que estamos no meio da neve, pois há “montes” brancos de sedimentos das águas termais. Vale a visita!
Se quiser saber mais sobre as termas da Toscana, preparei esse post especial aqui.
Dia 17 – Capella della Vitaleta, Pienza, Montepulciano (pernoite em Bagno Vignoni)
Em nosso último dia na região do Val D’Orcia, partimos de carro pelas estradas cheias de ciprestes até a Capella della Madonna di Vitaletta, um dos locais mais pitorescos da região (menos de 20 minutos de Bagno Vignoni). Se puder, minha dica é visitá-la no final da tarde, pois de manhã fica contra o sol.
Dali, seguimos por meros 15 minutos até Pienza, uma das cidades mais lindas da Toscana (na minha humilde opinião). Sua beleza decorre principalmente do fato de ser o único exemplo de cidade planejada do século XV, feita com todo o cuidado para ser a “cidade perfeita renascentista”. A caminhada por Pienza é uma delícia: são muitas lojinhas fofas, restaurantes gostosos e vistas sensacionais dos campos ao redor.
Depois do almoço, o destino foi Montepulciano, a 20 minutos de distância. Esse borgo medieval construído no alto de uma colina oferece tudo que qualquer visitante procura em uma viagem à Toscana: ruelinhas estreitas cheias de lojas vendendo produtos locais, edifícios medievais e renascentistas, paisagens deslumbrantes e um dos mais famosos vinhos italianos (o Nobile de Montepulciano).
E o dia mais uma vez terminou em Bagno Vignoni, no nosso hotel maravilhoso de águas termais, para a noite de despedida antes de partir para Florença.
Para mais detalhes sobre cada um dos lugares da Toscana que eu visitei, clique aqui.
Dia 18 – Florença (pernoite na cidade)
Viagem de 2 horas de carro até Florença pela autoestrada.
Como não era nossa primeira vez na cidade, não fomos em todos os lugares mais típicos.
Começamos com um almoço nos arredores do Mercato Centrale (que estava muito lotado). Depois visitamos a Chiesa San Lorenzo (mais antiga catedral de Florença, com obras de Brunelleschi, Donatello e outros), a Piazza del Duomo (com a famosa catedral), a Chiesa di Orsanmichele (para ver o Tabernacolo dell’Orgagna) e a Piazza della Signoria, com sua Loggia dei Lanzi (aquela galeria de esculturas ao ar livre).
Na sequência, fizemos um passeio no Palazzo Vecchio, com muitas salas rebuscadas de dourado e afrescos nas paredes. É bem grandinho (a visita levou uns 50 minutos).
Caminhamos até a Ponte Vecchio e depois fomos na Loggia del Mercato Nuovo (onde tem bancas vendendo produtos de couro) e passamos a mão no nariz do “porcellino” (javali de bronze, símbolo da cidade).
Encerramos o dia no Piazzale Michelangelo (que é bom ir de ônibus ou táxi, pois tem bastante subida). O pôr do sol é maravilhoso, mas prepare-se para disputar espaço com a multidão!
Dia 19 – Florença (pernoite)
Passeio na Igreja Santa Maria Novella e na Officina Profumo-Farmaceutica di Santa Maria Novella (farmácia antiquíssima, que hoje é uma loja bem bonita e um pequeno museu).
Parada no Palazzo Strozzi para ver uma exposição de arte digital temporária muito interessante que estava ocorrendo.
Visita à Basílica de Santa Croce, maior igreja franciscana do mundo, que abriga túmulos de diversos famosos, como Michelangelo e Galileu. Nas capelas, observamos afrescos de artistas como Giotto, Brunelleschi ou Donatello.
Na volta ao hotel, fizemos uma paradinha na Piazza della Repubblica para comer doces e sorvetes no famoso Caffè Gilli.
Dia 20 – Voo para o Brasil
No último dia de viagem, fomos de carro até Milão (quase 4 horas!) para pegar o voo de volta para o Brasil.
Conclusão
No geral, foi uma viagem linda e muito completa, com destaque para as paisagens naturais, e com deslocamentos de carro pensados para não serem muito cansativos.
O carro alugado foi útil durante quase todo o tempo: na Suíça nos ajudou a economizar, pois em 4 pessoas o aluguel sai mais barato do que os trens. Além disso, nos permitiu fazer paradas na estrada sempre que víamos uma paisagem que precisava ser fotografada!
Já na Itália, conseguimos também conhecer muitas cidadezinhas da Toscana (o que seria impossível sem o carro) e parar livremente para tirar fotos dos campos de girassol e de ciprestes. Apenas em Florença o carro é totalmente dispensável (diria que até um incômodo, pois os estacionamentos são caros). Então, uma alternativa interessante seria devolver o carro assim que chegar em Florença e depois retornar a Milão de trem (ou quem sabe conseguir um voo saindo de Florença mesmo!).
Para facilitar, deixo aqui os links para todos os posts relacionados ao locais que visitei nesse roteiro:
Na Suíça:
- Zermatt: o que fazer aos pés do Matterhorn
- Gornergrat: a melhor vista do Matterhorn
- Matterhorn Glacier Paradise: como é o passeio em Zermatt
- Roteiro de 1 dia em Gruyères, na Suíça
- La Maison du Gruyère: visita à fábrica de queijos na Suíça
- Maison Cailler: fábrica de chocolates na Suíça
- O que fazer em Interlaken – Suíça
- Schynige Platte: paisagens deslumbrantes perto de Interlaken
- Lago de Thun: o que ver em um bate-volta de Interlaken
- Lago Brienz: água azul turquesa e típicas paisagens suíça
- Schilthorn Piz Gloria: conhecendo a montanha do 007
- O que fazer em Lucerna em 1 dia: roteiro completo
- Monte Pilatus: passeio imperdível em Lucerna
Na Itália:
- Lago Maggiore: o que fazer em um dia
- Um dia no Lago di Como: roteiro e dicas
- O que fazer na cidade de Como na Itália
- O que fazer em Bolonha em um dia
- Águas Termais na Toscana: Saturnia, San Filippo e Bagno Vignoni
- Dicas da Toscana: como planejar sua viagem
- O que fazer na Toscana: 15 lugares para colocar no roteiro
- Arezzo e Cortona: cenários de cinema na Toscana
Estou pensando em viajar para Suiça e quando estava pesquisando encontrei sua postagem, adorei, vc me incentivou muito a fazer esta viagem. Obrigada pelas dicas.
Oi, Regina! Obrigada pelo comentário! Fico feliz em ajudar. Qualquer dúvida, fico à disposição!